O estatuto ficcional de Os sertões, de Euclides da Cunha

Autores

  • Renato Pardal Capistrano Universidad Federal de Río de JaneiroUniversidad Federal de Río de Janeiro

Palavras-chave:

gêneros, ficção, ciência, refletorização, geopoética

Resumo

Os sertões congrega epítetos que conformam um emaranhado de visões contraditórias, e muitas vezes pouco fundamentadas em suas assertivas, a respeito de uma polarização que discrimina aspectos artísticos e positivistas da obra. Sua forma deliberadamente ficcional apenas recentemente teve sua problemática devidamente pesquisada. A ideia central deste trabalho se pauta no conceito original de geopoética, desenvolvido por Ronaldes de Melo e Souza, que configura o texto de Euclides na vigência de uma ficção multipersonativa centrada na figura de um narrador que se vale de seis personas: “observador itinerante”, “pintor da natureza”, “encenador teatral”, “investigador dialético” “refletor dramático” e “historiador irônico”.

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Referências

Cunha, Euclides da. (1966) Obra completa. Organização de Afrânio Coutinho. Rio de Janeiro: Aguilar, 2vols.

Galvão, W. N. y Galotti, O. (1997) Correspondência de Euclides da Cunha (ativa). São Paulo: Edusp.

Lima, L. C. (1997) Terra ignota: a construção de Os sertões. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira.

Souza, Ronaldes de Melo e. (2009) A geopoética de Euclides da Cunha. Rio de Janeiro: EdUERJ.

Stanzel, F. K. (1986) A theory of narrative. Trad. Charlotte Goedsche. Cambridge: Cambridge University Press.

Publicado

2015-08-01

Edição

Seção

Investigación en Humanidades

Como Citar

O estatuto ficcional de Os sertões, de Euclides da Cunha. (2015). Horizonte De La Ciencia, 5(9), 49-61. https://revistas.uncp.edu.pe/index.php/horizontedelaciencia/article/view/252